terça-feira, abril 26, 2005

Outra vez... teatro!

A Companhia de Teatro do Noroeste apresenta a peça Sónia, Menina Assassinada aos 15 anos, ou Valsa nº 6 de Nelson Rodrigues.SinopseSónia, Menina Assassinada aos 15 anos é uma obra de um dos mais importantes dramaturgos brasileiros, Nelson Rodrigues, que coloca em cena uma adolescente já morta falando dos seus fantasmas e receios enquanto que obsessivamente vai executando a Valsa nº 6 de Chopin.genial, louco e revolucionário, estes são alguns dos adjectivos com que Nelson Rodrigues (1912-1980), um homem polêmico que inovou o teatro brasileiro, tem sido descrito. Tratando de paixões exacerbadas e gestos exagerados, obsessões, taras, incestos e conflitos, Nelson Rodrigues pode ser considerado o primeiro dramaturgo brasileiro a levar o inconsciente das personagens para o palco.Ficha TécnicaFigurino: Liliana Barbosa. Direcção Musical: José PrataInterpretação: Elisabete PintoEncenação: Castro Guedes.

em: http://www.viana.com.pt

Amanhã vou ao teatro... ando com saudades daquelas coisas...
Depois conto como foi.

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Um "acrescento" ao post para vos dizer que a peça é maravilhosa. Com uma interpretação magnifica da Elisabete Pinto, que se desdobra por todo o palco (todo vestido de vermelho, apenas com um piano branco no canto e um jogo de luzes estupendo) entre a sua própria personagem ("Sónia! Quem é Sónia?") e a sua mão, o seu pai, o assassino, as vizinhas...

Adorei, tal como todo o pessoal do Cénico que foi assistir. Pena a actriz estar cansada demais para receber os nossos Parabéns, tinha feito dois espectáculos nesse dia e notava-se, quando por fim fez a vénia e agradeceu, que o cansaço pesava...

Até sábado, ainda vão a tempo!

Nandita

domingo, abril 17, 2005

"Funerais" pelo GCB



Pois é... lá estreámos a nossa peça, uma comédia intitulada de "Funerais"...
Correu muito bem, embora para mim e para os meu primos tenha sido uma estreia "absoluta" num teatro mais a sério... mas esteve tudo impecável...
A casa encheu, quer dizer, abarrotou... mal havia lugar para as pessoas, que tiveram de ficar de pé, encostadas à parede... confusão para nós, que circulámos por todo o salão nas cenas do início... mas foi muito bom!
O meu "prólogo" esteve com alguns problemas técnicos, dos quais eu nem me apercebi, mas parece que o microfone só funcionou a partir de certa altura... depois a parte do funeral também correu muito bem, a Nandinha (não a Nandita) é uma verdadeira artista... e, juntamente com os ajudantes de cangalheiro, tratou de improvisar umas coisas. Funcionou bem... :)
As cenas entre o Amaro e o Filipe estiveram bem... acho que só a entrada do Filipe pôs o público a rir! Isto sem falar nos cangalheiros, que foram geniais ("isto não é uma rua, é uma praça, como já foi dito!")... e os ajudantes maravilhosos (Tiago e Ricardo, vocês são uns heróis...) embora tenham destruido lá uns adereços e tal...
O Tone, embora se tenha esquecido que era hora de entrar, também ficou muito bem... bem escarrapachado na cadeira de rodas, sem se poder mexer... foi a vingança do elenco eheheheh

No final, "festa" para todo o pessoal... elenco mais toda a gente que por lá andou e ajudou a montar o espectáculo. Foi a nossa estreia "especial" no teatro!
Agora resta esperar por convites, para actuações fora de Barroselas... e lá vamos nós!
Fiquem bem!

Na imagem(da esquerda para a direita):
Sérgio Faneca, Tiago, Carlos Bichano, Nandita, Ricardo, Tone (na cadeira), Amaro, Sandra, Raquel, Luísa, Nandinha e Filipe.

domingo, abril 03, 2005

Frésias - ou como chegou a Primavera

Diz-se das frésias que são as flores preferidas de Eugénio de Andrade. Há dois anos levámos-lhe um ramo delas, esperando com isso as suas melhoras rápidas…

Das frésias sei que são as mais belas flores que conheço. Delicadas, discretas, simples no seu aspecto e totalmente inebriantes no seu odor... não sabem o que é a felicidade se nunca sentiram o odor a frésias que se espalha por todo o jardim nas tardes mais quentes de Primavera.

Não sei o que vai acontecer na minha vida, mas sei que, ao menos por uma vez depois desta, gostaria de ter frésias na minha campa: uma lembrança aromática do que espero que a minha vida tenha sido: simples, mas que tenha deixado uma marca "inebriante"... para alguém, para algum lugar, para alguma coisa...

Agora, que é tempo de construir, vou-me deliciando com o cheiro das primeiras frésias que abriram no meu jardim: já encontrei duas roxas e uma branca, belíssima! Hão-de nascer muitas mais, cuidadas pela minha mãe, "fada-madrinha" destes canteirinhos...


Os primeiros sinais da Primavera que chega, neste ano em que a chuva foi a grande dádiva da estação amena...