quarta-feira, março 19, 2008

...aos dias indefinidos...

Brindemos aos dias indefinidos... Aqueles que nos levam o tempo quase sem contar. Que nos sobressaltam pelas voltas rápidas e pelas noites curtas, no repetir das coisas comuns.
Lembro-me agora com prazer destes dias. Quis tanto ver-me livre deles, e agora só queria correr atrás, reward, stop, play it again... porque é aqui que nos concentramos no moer dos dias, que vemos a beleza de tudo isto, tão simples, sempre igual, sempre tão... único!
Anseio pelo vosso regresso, dias indefinidos. Choro-vos sentada ao pé da vidraça, um livro aberto no regaço, talvez o gato adormecido aos pés... e a pesada culpa de este não ser um dia comum, e haver obrigações extraordinárias a cumprir...
Voltem. Deixem-me parar de pensar. Porque quanto maior é a velocidade do meu autómato de todos os dias, menos terei de reflectir. E eu não quero mais pensar... Desculpem, mas não quero.