sábado, outubro 24, 2009

Uma canção para o fim-de-semana, já que há dias falava de mantras, e de como os necessito. Porque este ano será uma longa viagem, e porque encontro pontos comuns entre as palavras desta menina-mulher e a minha própria vontade.
Fica aqui, para ouvires e levares contigo. Leitor de mp3, volume no máximo, casaco bem apertado e olhos limpos de lágrimas. Como eu a ouvi hoje.







He estao durmiendo a dos metros bajo tierra, y ahora he decidio dormir sobre la tierra.

He pasao tanto tiempo lamentando lo que no entendía, que ahora prefiero que me den la clara del día.

No, no, no, no,...
No más llorá

Empieza mi viaje en la carretera,
Por fin camino sola,
En mi casita con ruedas,
El tiempo será pa mi lo que yo quiera que sea,
Nunca un nido, nunca un muro,
Solo lo que yo quiera.

Recorro montañas, desiertos, ciudades enteras,
No tengo ninguna prisa,
Paro! donde quiera!

La música que llevo
Será mi compañera,
Ahh, ahh, ah...

Aprendí a escuchar las noches
No pienso enterrar mis dolores,
Pa que duelan menos,
Voy a sacarlo de dentro,
Cerca del mar,
Pa que se lo lleve el viento (3)

Hoy pa mi la burra grande,
Ande que ande o no ande,
Que la quiero para
Al que me importune este cante,
Que tengo yo en mi soledad, cientos de canciones
Tararea empeza y sin acaba,

A punto a punto..
Que yo tengo yo en mi soledad,
Cientos de canciones tarareas
Empeza y sin acaba, a punto a punto de estallá.

Y algunas que nadie jamás quiero que comprenda
Porque son pa mi na ma,
Pa mi corazón
Pa mis pensamientos,
Pa mi reflexión,
Pa mi.

No se cuando volvere, no se donde llegare,
No se que me encontrare, no importa... no, no..

Bebe, No más llora

porque...

...afinal a pista está vazia. Descubro-me sozinha, apesar dos corpos que me rodeiam, em movimentos desconexos e palavras sussurradas. E descubro-me falsa perante eles. Uma farsa, tudo, tudo, os meus próprios movimentos, o meu sorriso, as minhas palavras de circunstância. Sou uma farsa que busca aprovação. Procuro o telemóvel e rabisco "Alimentar o meu ego, fazer de conta que há quem goste de mim". E resumo a minha noite.

Só na manhã seguinte, debaixo da água morna que me leva os restos de suor, álcool e tabaco, me dou conta do que escrevi. E sorrio. Porque faz sentido.


(escrito, guardado, libertado. 27/11. parece que hoje ainda me faz mais sentido)

terça-feira, outubro 20, 2009

Mantra

Porque em dias assim, o primeiro reflexo é fugir. À falta de um refúgio físico, escapo-me para o meu espaço, o tal das confissões e dos desabafos.
E repito, como um mantra... Nothing brings me down... Nothing brings me down... Porque tenho de ser mais forte que isto, eu sou capaz... nothing brings me down...





Isso. Só. O suficiente para sobreviver a hoje.