sábado, dezembro 23, 2006

por aqui



Em jeito de saudades recentes do teu beijo, de frio na pele à falta do teu toque, de frio na alma sem a tua luz que me aquece, de braços vazios sem te ter por perto...
Os dias frios não me chegam para companhia. Estão demasiado luminosos, quase aquecem quando o sol brilha de forma mais intensa. Precisava de frio cortante, aquele que nem o calor deixa chegar ao chão, só luz, fria, aguda, só...
Tenho saudades de mim noutro lugar, acompanhada pelo meu frio, responsável por mim e pelo meu cachecol com as pontas caídas, insuficiente.
Quero vapor branco a acompanhar o som das minhas palavras, narizes vermelhos e faces acordadas pelo frio. A dureza da Natureza como tem de ser no Inverno, estéril e vazia. Horizontes polvilhados de branco, gelo no chão aos primeiros passos da manhã, o movimento como única reacção ao abraço gelado que nos rodeia o corpo.
Em jeito de confissão...


...em jeito de me querer fora daqui.

7 comentários:

Ana João disse...

sabes, o frio faz-nos sentir vivos. a sua dureza e rigidez vai-nos mostrando que enquanto o sentimos estamos a respirar e que poderá existir um porto de abrigo para nos abrigar e aquecer.

Lord of Erewhon disse...

Feliz Ano Novo!

Dark kiss.

Anónimo disse...

Que a paz e o amor esteja contigo neste novo ano 2007!
abraço dear.

P.S. Parece-me que vives muito a saudade...humm...entendo...!

Göttlicher Teufel disse...

foto fixe!!!

Anónimo disse...

Olá Nandita,

Obrigada pelo comentário que deixaste no "Gola Alta". Volta sempre que quiseres. Eu acho que vou voltar aqui ... gosto do teu estilo!

Ghost disse...

És estranha... O frio a mim só me sabe bem quando é lá fora à distancia de um bom isolamento e de um aquecedor potente. :P Mas pronto, se gostassemos todos do azul que seria do amarelo? (sempre quis usar esta frase!) Bjs ;)

Ghost disse...

Vens cá escrever qualquer coisa faxabor? :p Aiaiaiaiai...