sábado, outubro 24, 2009

porque...

...afinal a pista está vazia. Descubro-me sozinha, apesar dos corpos que me rodeiam, em movimentos desconexos e palavras sussurradas. E descubro-me falsa perante eles. Uma farsa, tudo, tudo, os meus próprios movimentos, o meu sorriso, as minhas palavras de circunstância. Sou uma farsa que busca aprovação. Procuro o telemóvel e rabisco "Alimentar o meu ego, fazer de conta que há quem goste de mim". E resumo a minha noite.

Só na manhã seguinte, debaixo da água morna que me leva os restos de suor, álcool e tabaco, me dou conta do que escrevi. E sorrio. Porque faz sentido.


(escrito, guardado, libertado. 27/11. parece que hoje ainda me faz mais sentido)

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