domingo, fevereiro 07, 2010

Paris 1.1

A gente. Muita. Cheios de pressa (isso sempre!). O Metro, as suas mil linhas, e tudo o que as pessoas conseguem fazer durante uma viagem.
E um certo ar solene, na sombra que arrefece os dias. Tristes, pesados, sempre iguais. Sempre a correr. Impossível ser feliz, se se passa o dia no corredor do Metro. Por isso se apressam todos, acotovelam-se nas escadas, correm para a liberdade da rua.
Por outro lado, a atracção inexplicável por tudo isto. Pelo dinamismo mecânico que guia toda a gente, as portas que engolem e expulsam gente a cada minuto, o proletariado lado a lado com a classe média de mala Louis Vitton, ahhh como Álvaro de Campos ia adorar Paris!
Gosto de aqui estar, confesso. E fascina-me tudo isto. Como se movem dois milhões de pessoas, como se misturam, se conhecem, se ignoram. Como, apesar de tudo isso, me sinto em paz aqui. E feliz. Muito.
Pelo je ne sais quoi deste sítio. Que passei a respeitar e a querer de uma maneira diferente.

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