terça-feira, dezembro 22, 2009
quarta-feira, dezembro 16, 2009
Branco
Nem sequer acordada estava, na verdade não queria acreditar que já era dia outra vez, e limitei-me a responder mecanicamente ao som cheio do despertador, abri um olho, depois o outro, e li uma mensagem "...vai à janela...", já enviada havia umas horas. Afinal, o granizo que caía quando me deitei tinha-se transformado. "Será?"
E lá estava ela, a cobrir a rua, a polvilhar os carros estacionados... Neve de novo, pouca, tímida, de um carácter português envergonhado, como quem aparece só para dizer olá, e pensa logo que está a incomodar. As poucas pessoas que passavam na rua, faziam-no de forma cuidadosa, a estrear trilhos nos passeios cobertos de algodão doce.

Soube bem. Acordar com a cara gelada, e os olhos de criança, como se visse neve pela primeira vez. Porque os dias de Inverno com neve não são o mesmo que os dias de chuva. São dias claros, e o frio que nos corta também nos acorda. Obriga-nos a reagir, a expulsá-lo com firmeza. Há uma esperança diferente nos dias gelados. Exactamente o que precisava hoje!
E sim, deu saudades... mais do que as que matou.
domingo, dezembro 13, 2009
quarta-feira, dezembro 09, 2009
Optimismo

(imagem daqui I can read )
quarta-feira, dezembro 02, 2009
...
Mas sim, tinham razão. Quando me diziam que isto ia passar, que os dias iam ser inevitavelmente mais bonitos, que eu podia, e que nada era assim tão mau que justificasse tanto desespero. Obrigada, mesmo, por estarem aqui, por se fazerem ouvir (mais perto ou mais longe, ao vivo e em directo ou por simpáticas e mesmo duras mensagens), acima de tudo por me ouvirem a debitar mágoas que não são vossas e não tinham o dever de ouvir.
Amigos, que éramos sem eles? Ou amigos-em-construção (não são, afinal, todos os amigos e todas as relações processos "em-construção"?), apetece-me, depois das fungadelas e mágoas, partilhar a alegria de os ter por perto.
Porque, apesar de eu não vos merecer, vocês merecem o maior dos meus sorrisos... Obrigada!
quinta-feira, novembro 26, 2009
Lá dizia o Dylan...
Estes meus sonhos, tudo menos naturais, cansam-me. Já devia conhecer-me o suficiente para lhes resistir, e evitar ver em repeat coisas tão duras, feitas por mim para me magoar. Sádica? Hiper-realista? Ou será só esta consciência fortíssima de mim, de todas as minhas limitações, todos os meus defeitos, que me empurra e me mostra: "não adianta, não és capaz, não mereces, nunca vais conseguir"?
Pelo menos, o dia de hoje deixou as sombras de lado, para me alegrar, talvez para me consolar pelas poucas horas de sono. Para me ajudar a esquecer.
terça-feira, novembro 24, 2009
I'm the hero of the story
E depois há aquelas canções em que tropeçamos, quase sem querer... e que ficam no ouvido. E que depois queremos conhecer melhor, e lemos, sentimos, e percebemos que afinal aquela canção estava ali à nossa espera. Como esta.
quinta-feira, novembro 19, 2009
Soundtrack for
Porque às vezes também queria ser ninguém (mas só às vezes). E nada como nos deixarmos ir até ao chão, com calma, sem sobressaltos, para depois nos reerguermos. Mais fortes. Isso de certeza. Sempre.
somos a fachada
de uma coisa morta
e a vida como que a bater à nossa
porta
quando formos velhos
se um dia formos velhos
quem irá querer saber quem tinha razão
de olhos na falésia
espera pelo vento
ele dá-te a direcção
ninguém é quem queria ser
eu queria ser ninguém
a idade é oca e não pode ser motivo
estás a ver o mundo feito um velho
arquivo
eu caminho e canto pela estrada fora
e o que era mentira pode ser verdade
agora
se o cifrão sustenta a química da vida
porque tens ainda medo de morrer
faltará dinheiro
faltará cultura
faltará procura dentro do teu ser
ninguém é quem queria ser
eu queria ser ninguém
diz-me se ainda esperas encontrar o
sentido
mesmo sendo avesso a vê-lo em ti
vestido
não tens de olhar sem gosto
nem de gostar sem ver
ninguém é quem queria ser
ninguém é quem queria ser
eu queria ser ninguém
Manuel Cruz, Foge Foge Bandido
domingo, novembro 15, 2009
Fugas
E são esses instantes que se prolongam, e se transformam em horas (às vezes dias). Revejo o passado como num velho livro bafiento, as boas recordações cristalizadas, as discussões e as acusações esborratadas, a perder o sentido. Mas bem marcadas, apesar de quase ilegíveis. Porque a tinta vermelha já perdeu a forma, mas manchou as outras páginas, passou por cima dos sorrisos e da quentura dos abraços...
Custa-me, agora como na primeira noite, uma noite morna de fim de Abril, manter a pose, não denunciar, não dar azo a perguntas a que não quero responder. E manter esta espécie de acordo tácito, mútuo desprezo para que se evite a guerra. Seja, pois, assim. Vai-se-me quebrando o coração aos pouquinhos, aos pouquinhos... mas talvez ninguém note, e é melhor assim. Mesmo evitando a guerra, eu não fiquei em paz. E duvido que tu o tenhas conseguido.
sábado, outubro 24, 2009
Fica aqui, para ouvires e levares contigo. Leitor de mp3, volume no máximo, casaco bem apertado e olhos limpos de lágrimas. Como eu a ouvi hoje.
He estao durmiendo a dos metros bajo tierra, y ahora he decidio dormir sobre la tierra.
He pasao tanto tiempo lamentando lo que no entendía, que ahora prefiero que me den la clara del día.
No, no, no, no,...
No más llorá
Empieza mi viaje en la carretera,
Por fin camino sola,
En mi casita con ruedas,
El tiempo será pa mi lo que yo quiera que sea,
Nunca un nido, nunca un muro,
Solo lo que yo quiera.
Recorro montañas, desiertos, ciudades enteras,
No tengo ninguna prisa,
Paro! donde quiera!
La música que llevo
Será mi compañera,
Ahh, ahh, ah...
Aprendí a escuchar las noches
No pienso enterrar mis dolores,
Pa que duelan menos,
Voy a sacarlo de dentro,
Cerca del mar,
Pa que se lo lleve el viento (3)
Hoy pa mi la burra grande,
Ande que ande o no ande,
Que la quiero para
Al que me importune este cante,
Que tengo yo en mi soledad, cientos de canciones
Tararea empeza y sin acaba,
A punto a punto..
Que yo tengo yo en mi soledad,
Cientos de canciones tarareas
Empeza y sin acaba, a punto a punto de estallá.
Y algunas que nadie jamás quiero que comprenda
Porque son pa mi na ma,
Pa mi corazón
Pa mis pensamientos,
Pa mi reflexión,
Pa mi.
No se cuando volvere, no se donde llegare,
No se que me encontrare, no importa... no, no..
porque...
Só na manhã seguinte, debaixo da água morna que me leva os restos de suor, álcool e tabaco, me dou conta do que escrevi. E sorrio. Porque faz sentido.
(escrito, guardado, libertado. 27/11. parece que hoje ainda me faz mais sentido)
terça-feira, outubro 20, 2009
Mantra
E repito, como um mantra... Nothing brings me down... Nothing brings me down... Porque tenho de ser mais forte que isto, eu sou capaz... nothing brings me down...
domingo, julho 05, 2009
partir.voltar.deixar
terça-feira, maio 26, 2009
Memórias

sábado, maio 09, 2009
domingo, maio 03, 2009
quinta-feira, abril 16, 2009
O meu país
O meu país sabe às amoras bravas no verão.
segunda-feira, março 16, 2009
Dar-me conta...
... que trago tanta coisa boa e nova dentro de mim.
(apesar da data, só agora, em Julho, é que desenterrei isto... continua a parecer-me o mesmo)
quarta-feira, março 11, 2009
terça-feira, fevereiro 24, 2009
Erasmus!

As saudades de vos ver, meus tugas (e faltam aqui alguns nas fotos! Claro!), de vos apertar essas bochechinhas e ter beijinhos bons só para mim! De dizer as coisas só pela metade, e saber que me entenderam mais que ninguém.
Gosto desta foto, desculpem lá! Gosto porque é muito do que é este ano. Tem gente que estuda aqui comigo, gente que estuda longe longe na Polónia, gente que me conhece bem, gente de quem sentia falta, gente com quem partilhei o meu passado e a minha vida, gente nova a quem quero tanto bem, amigos de Portugal e de Espanha, o mundo todo nesta experiência única de ser um Erasmus. De ser um Erasmus, aqui e agora, mas também no futuro. Muito do que aprendi aqui não está nas salas de aulas, também não está nas noites loucas de festa eslovaca. Está nestas pessoas, nas suas vivências e nas nossas convivências. Gosto de vocês. Todos. Muito! A gente vê-se... afinal, o Mundo é tão pequeno!
sábado, janeiro 24, 2009
Gumat Chen

segunda-feira, janeiro 19, 2009
domingo, janeiro 11, 2009
-5,+20
... es que yo me indigno! Disfruten!